Uma bebida bastante consumida e amada pelos brasileiros ganha destaque nas celebrações nesta semana; hoje, dia 04 de agosto é comemorado o Dia Internacional da Cerveja. No entanto, além de brindar, essa é uma oportunidade para conscientizar sobre os riscos do excesso e reforçar a importância na moderação e equilíbrio ao apreciar essa bebida tão presente nas rodas de amigos e eventos sociais.
Segundo uma pesquisa realizada pela plataforma de descontos Cupom Válido, com base em dados da Numbeo e Statista, o Brasil ocupa o 3º lugar no ranking dos países que mais consomem cerveja no mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Somente em 2022, o país consumiu um total de 15,4 bilhões de litros da bebida, registrando um crescimento de 8% em comparação com o ano anterior. Esses dados foram divulgados pela empresa de pesquisa de mercado Euromonitor, em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).
A professora do curso de nutrição da Facimp Wyden, Sineide Gomes, explica que nem só de pontos negativos vive a bebida. Segundo a especialista, a cerveja contém ingredientes que também trazem aspectos positivos ao nosso organismo. “As leveduras, que são microrganismos capazes de alterar a composição da bebida através da fermentação, possibilitam a absorção de ferro e zinco, além de promover o equilíbrio da flora intestinal”, exemplifica a nutricionista.
*Atenção*
Sineide ainda explica que o consumo de cerveja, se for feito de forma consciente, não é prejudicial. O grande risco está na dosagem exagerada. “Uma dose de cerveja pode ser três vezes mais calórica do que o vinho”, alerta a nutricionista, evidenciando que a bebida está diretamente relacionada ao sobrepeso e obesidade.
Outro fator a ser observado são os acompanhamentos, já que a cerveja muitas vezes é acompanhada de petiscos, massas, churrasco, feijoada ou outros alimentos com alto teor calórico. “Esses aperitivos geralmente são ricos em calorias, gorduras saturadas, sódio e açúcares, o que pode levar ao ganho de peso e ao aumento do colesterol”, explica a profissional.
Se for consumida em excesso, há ainda outro fator de risco. No cérebro, o álcool ativa o gatilho da dopamina, que é o neurotransmissor relacionado ao prazer. Isso pode viciar o cérebro, tornando-o refém das sensações causadas pela bebida e acarretando em dependência química.
“Com equilíbrio e atenção aos hábitos alimentares, é possível desfrutar da cervejinha, sem comprometer a saúde e a forma física. O segredo está na moderação”, conclui Sineide Gomes.