Projeto visa melhorar a qualidade, a segurança e a prática médico-assistencial no atendimento a pacientes graves em todo o país
Buscando a melhora de tempo de internação e morbimortalidade de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Hospital Regional do Agreste (HRA), localizado em Caruaru, passou a aderir ao TeleUTI Brasil, projeto que faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde, e funciona com telemedicina.
O projeto contempla visitas clínicas e discussão dos pacientes de maneira virtual, realizadas de segunda a sexta, com apoio de equipe multiprofissional da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Por meio de videochamada, as equipes se reúnem para discutir cada caso individualmente e estabelecer as metas para o dia seguinte. A iniciativa pretende otimizar o desfecho clínico de pacientes por meio da abordagem multiprofissional e acompanhamento horizontal. Adicionalmente, contribui com o uso racional dos recursos públicos e a redução de desperdícios financeiros no Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo o acesso de mais pacientes aos leitos e aumentando sua segurança.
O principal objetivo do programa é ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde, em tempo adequado, com ênfase na humanização, equidade e no atendimento das necessidades de saúde, aprimorando a política de atenção básica e especializada, ambulatorial e hospitalar. O serviço oferece, ainda, consultas com diversos especialistas. “Por meio do projeto, também são ofertadas teleconsultas. Se precisarmos de alguma especialidade indisponível na unidade, um pneumologista por exemplo, solicitamos à equipe da Beneficência Portuguesa uma teleconsulta”, explica Gabriel Gomes, coordenador do Núcleo de Educação Permanente do HRA.
O TeleUTI visa implantar o modelo de educação continuada em leitos de UTI adulto, objetivando a classificação da triagem segundo critério da Associação de Medicina de Terapia Intensiva e apoio a decisões bioéticas, manejo da sedo-analgesia com o que estiver disponível na instituição e manejo do suporte ventilatório. “O projeto traz melhorias quanto à segurança do paciente, através da sistematização dos processos, estabelecendo rotinas diárias, como a avaliação multidisciplinar do paciente, além de criar uma rotina no registro e avaliação dos indicadores da UTI. O projeto também promove a atualização dos profissionais através da educação continuada”, destaca Adriana Melo, coordenadora da UTI.
O TeleUTI tem a duração de seis meses e envolve todos os colaboradores que fazem parte das equipes médicas e multiprofissionais da UTI.