O mercado financeiro vai repercutir, nesta quarta-feira, a vitória do candidato republicano, Donald Trump, na eleição presidencial dos Estados Unidos. Trump superou a democrata Kamala Harris após uma campanha bastante acirrada, tornando-se o 47º presidente americano. Com a vitória, o dólar e os títulos do Tesouro dos EUA subiram, enquanto o bitcoin atingiu um patamar recorde.
Além disso, o dia traz importantes decisões monetárias. O Comitê de Política Monetária (Copom) e o Federal Reserve (Fed) vão definir os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente. A expectativa é de que a chamada “Super Quarta” resulte em uma elevação de 0,5 ponto percentual da Selic no Brasil e em uma redução de 0,25 ponto percentual da taxa de referência americana. Essas decisões podem definir o cenário econômico dos próximos meses e ter um impacto significativo no comportamento dos investidores.
No Brasil, os investidores continuam atentos à divulgação do aguardado pacote de corte de despesas públicas, que deve ser anunciado nesta semana. As reuniões para tratar do tema prosseguem, e há grande expectativa em relação às medidas que serão tomadas para o controle das contas públicas, o que pode trazer estabilidade à economia do país.
No setor automotivo, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) divulga hoje os dados de produção e venda referentes ao mês de outubro. Esses dados são importantes para medir a retomada da indústria e da atividade econômica.
Ontem, os mercados brasileiros tiveram um dia de volatilidade. O Ibovespa encerrou com uma leve alta de 0,11%, aos 130.661 pontos, enquanto o dólar comercial caiu 0,63%, cotado a R$ 5,7464. O otimismo em torno do pacote de corte de despesas públicas impulsionou o recuo dos juros futuros, refletindo a confiança dos investidores na capacidade do governo de promover um ajuste fiscal.
O contexto político-econômico internacional e nacional mantém os mercados em alerta, e os próximos dias serão decisivos para definir o rumo da economia. As expectativas são altas, e as decisões políticas e monetárias em pauta têm potencial para trazer impactos significativos nos ativos financeiros e nas perspectivas de crescimento.
Por Thiago Lira
Economista e especialista em Análise de Dados.
