Copom confirma unanimidade na alta da Selic e sinaliza novos aumentos

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Copom confirma unanimidade na alta da Selic e sinaliza novos aumentos

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, foi unânime, assim como a sinalização de mais dois aumentos na mesma proporção. A informação consta na ata da última reunião do colegiado, divulgada hoje pelo Banco Central (BC). Segundo o documento, a piora nas expectativas de inflação e as incertezas sobre a política fiscal brasileira justificam a postura mais austera.
O Copom destacou que a convergência da inflação à meta será o principal fator determinante para a extensão do ciclo de alta dos juros. A ata também ressaltou a resiliência da economia brasileira, especialmente com um mercado de trabalho aquecido, o que adiciona complexidade ao cenário inflacionário.

No âmbito político, o Congresso Nacional entra em sua última semana de trabalhos antes do recesso parlamentar. Hoje, a regulamentação da Reforma Tributária deve ser votada na Câmara dos Deputados, mas ainda não há clareza sobre o prazo de deliberação do pacote de redução de despesas públicas e do Orçamento de 2025.

No cenário internacional, os mercados aguardam a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juros dos Estados Unidos, prevista para amanhã. A expectativa é de uma redução de 0,25 ponto percentual
Voltando ao cenário interno, apesar do leilão de dólares realizado ontem pelo Banco Central, a moeda americana renovou seu recorde de fechamento, com alta de 0,99%, cotada a R$ 6,0942. O Ibovespa caiu 0,84%, encerrando o dia em 123.560 pontos – menor patamar desde 26 de junho. As taxas de juros futuros também subiram, refletindo o aumento da percepção de risco no mercado doméstico.
Com a sinalização de novos aumentos na Selic e as incertezas fiscais, o mercado segue em alerta, enquanto os investidores acompanham o desfecho das principais votações no Congresso e a decisão do Fed nos próximos dias.

Por Thiago Lira
Economista e especialista em Análise de Dados.

Foto: Leonardo Sá/agencia Senado

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