Seminário Pós-Missão Empresarial Japão e China realizado em Caruaru apresenta possibilidades de comercialização com países asiáticos

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Auditório lotado no Seminário Pós-Missão Empresarial Japão e China – Experiências e Conexões, realizado em Caruaru, no último dia 22 de outubro. Autoridades, empresários e profissionais da educação prestigiaram a atividade para difundir os resultados da 20ª Missão Empresarial Nordeste do Brasil ao Japão e à China, realizada neste ano. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac–PE, Bernardo Peixoto, deu as boas-vindas aos quase 200 participantes. Para ele, a missão mostrou que a possibilidade de exportação não é restrita a grandes empresas, mas é preciso preparação. “Calcula-se que 60% da exportação na China são de micro, pequenas e médias empresas. Hoje, o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac tem um programa com a Apex para preparar até 150 empresas para exportação. O Sistema Fecomércio está para ajudar a todos”, destacou Bernardo Peixoto.

O encontro em Caruaru contou com a apresentação de Fábio Oliveira, coordenador técnico da missão, e a participação de Manoel Santos, diretor-presidente da Cazanova Material de Construção e Distribuição e presidente do Sincomex-PE; Michel Jean, diretor-presidente da BCNE Contabilidade e diretor do Sindloja Caruaru; e Augusto Costa, CEO da Tok Prático e presidente do Sindloja Caruaru. Todos também participaram da missão.

Fábio Oliveira apresentou momentos da viagem que geraram aprendizados, como a Expo Osaka 25, exposição internacional que reuniu mais de 170 países para discutir a sociedade do futuro, com foco em bem-estar, empoderamento e conexões. Para ele, é preciso ter esse olhar ao planejar ações. O empresário trouxe ainda a situação do Japão, que já foi a segunda potência econômica mundial e hoje ocupa a quarta posição, e que precisa se adequar diante de uma população com mais idosos, sinalizando que a população brasileira também está envelhecendo. Da China, destacou Shenzhen, uma vila de pescadores sem muitas perspectivas que se transformou em uma das cidades mais inovadoras do país, com mais de 17 mil empresas de tecnologia. Citou exemplos de soluções tecnológicas e sustentáveis. “Um prédio que visitamos era capaz de realizar a absorção de gás carbônico e promover o processo artificial de fotossíntese. É a inventividade humana fazendo frente aos desafios”. Como conclusão da missão, sinalizou a necessidade de uma permanente capacitação profissional e empresarial.

Augusto Costa também mencionou a importância de uma preparação para negociar com os países asiáticos. “A gente sabe que nossa cultura é maleável, tudo se ajusta, mas é preciso ter olhar na eficiência. Temos que aprender com o Japão e fazer acontecer. Não é só querer. É preciso ter a qualidade exigida por eles”, disse.

Manoel Santos lembrou da participação no Seminário sobre Oportunidades de Investimentos e de Negócios no Nordeste do Brasil, última atividade da missão, ao mencionar as várias possibilidades de comercialização. “No caso de Pernambuco, há espaço para exportar frutas, confecção, móveis, entre outros produtos. Há espaço para fazer negócios. Caruaru, por exemplo, tem muitos importadores da China”, afirmou.

Michel Jean destacou também a necessidade de trazer os asiáticos para conhecer o Brasil, tornando o intercâmbio uma via de mão dupla. Ele elogiou o grupo formado para a missão deste ano, ressaltando que o crescimento não pode ficar restrito aos empresários. “Muito importante a presença de políticos na missão para observar o modelo de gestão nas cidades, onde tudo é monitorado. E existe muita solução que é possível trazer, promovendo o desenvolvimento não só na iniciativa privada, mas também na esfera pública”.

O Seminário manteve a atenção do público, que permaneceu até o final. O diretor do Campus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco, Dilson Cavalcante, elogiou o evento por promover a conexão entre setores. “Todos os casos relatados trouxeram o papel das universidades junto com os empresários para gerar um ecossistema forte de desenvolvimento. Acho que o desafio de Caruaru é se aproximar cada vez mais desse ideal de juntar as universidades com as empresas e o Governo, para que a gente crie um ambiente adequado para o desenvolvimento tecnológico, inovador e também sustentável”.

A empresária Karen Queiroz atua nos setores automobilístico, de confecção e aviamentos, e já fez curso sobre comércio exterior oferecido pela Apex. Foi ao seminário em busca de informações sobre negócios com a China. “Eu vejo uma ponte facilitadora para agregar o meu trabalho e chegar onde almejamos, que é o crescimento empresarial”, explicou.

O diretor-presidente do NTCPE, Pedro Miranda, também marcou presença e ressaltou a importância de mostrar que é possível comercializar com os países asiáticos. “Eu conversei com alguns colegas empresários que foram para a missão e o sentimento deles é que o ambiente lá é muito favorável, que existe facilidade de se fazer negócio”.

A Missão Empresarial Nordeste do Brasil ao Japão e à China contou com 65 participantes, entre empresários, representantes de entidades de classe, autoridades públicas e dirigentes de instituições de estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, além de Pernambuco. Foram 18 dias com encontros, visitas e participação em feiras internacionais em quatro cidades: Osaka e Tóquio, no Japão, e Shenzhen e Pequim, na China. A missão teve o apoio do Senac-PE, do Sesc-PE e do Sebrae-PE.

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