A semana começa com os olhos dos mercados voltados para a primeira “Super Quarta” de 2025, marcada por decisões monetárias nos Estados Unidos, Brasil e União Europeia. O Federal Reserve (Fed) é esperado manter a taxa de juros americana no intervalo de 4,25% a 4,5%, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. O evento ganha ainda mais relevância por ocorrer sob a nova gestão de Donald Trump nos EUA, com investidores atentos às possíveis tarifas adicionais sobre importações.
No Brasil, o Relatório Focus revisou para cima as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,08% para 5,50%. A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 também foi ajustada de 2,04% para 2,06%. Já a taxa básica de juros permanece projetada em 15%. Na sexta-feira, a prévia do IPCA de janeiro apontou aumento de 0,31%, superando as expectativas de estabilidade.
O governo brasileiro segue discutindo medidas para conter a inflação de alimentos, como a possível redução de alíquotas de importação. Além disso, o reajuste do ICMS sobre combustíveis, previsto para 1º de fevereiro, deve ser debatido com a Petrobras para avaliar os impactos nos preços. Uma nova pesquisa divulgada no fim de semana apontou que a desaprovação ao governo Lula subiu para 41%, refletindo a insatisfação com a economia e as recentes decisões do governo.
No último pregão, o Ibovespa caiu 0,03%, fechando em 122.447 pontos, enquanto o dólar registrou sua quinta queda consecutiva, encerrando a R$ 5,9180. Com a chegada do Ano Novo Chinês, o mercado asiático deve reduzir seu volume de operações.
Por Thiago Lira
Economista e especialista em análise de dados.