No primeiro pregão após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, os mercados globais operaram com alívio. As expectativas de uma postura mais favorável aos negócios e de expansão fiscal impulsionaram os indicadores futuros. Pela manhã, Nasdaq avançava 0,40%, S&P 500 ganhava 0,32%, e Dow Jones tinha alta de 0,29%. Apesar de mencionar a possibilidade de tarifar em 25% as importações do Canadá e do México, Trump afirmou que as alíquotas ainda não estão definidas. Outra decisão importante foi a de não sobretaxar a China no início do mandato, o que trouxe otimismo aos investidores.
No Brasil, a agenda econômica foi mais fraca, mas o mercado celebrou o leilão de US$ 2 bilhões realizado pelo Banco Central, que ajudou a estabilizar o câmbio. O dólar comercial caiu 0,40%, para R$ 6,0411, enquanto o Ibovespa registrou alta de 0,41%, fechando em 122.855 pontos. A ausência de tarifas de importação anunciadas por Trump no primeiro dia de governo também contribuiu para o clima positivo.
Na Europa, as bolsas abriram em alta, com CAC 40 (Paris) subindo 0,10% e FTSE 100 (Londres) com leve ganho de 0,02%. Contudo, o índice de confiança dos investidores da Alemanha caiu drasticamente, de 15,7 para 10,3 pontos, refletindo a contração da economia alemã pelo segundo ano consecutivo. O Fórum Econômico Mundial de Davos continua com debates sobre as perspectivas econômicas globais.
O barril de petróleo teve quedas significativas com o Brent recuando 1,71% e o WTI perdendo 2,53%, influenciados pela continuidade do cessar-fogo entre Israel e Hamas. O cenário geopolítico ainda inspira cautela, mas as decisões iniciais de Trump e a ausência de tarifas adicionais deram um tom mais otimista ao mercado global.
Por Thiago Lira – Economista e especialista em análise de dados.